“Ai o amor,
quem tem
Deve dar valor..
E eu não tenho ninguém..”
(Eu não tenho Ninguém – Baden Powell e Paulo César Pinheiro)
Foi carregado pela tristeza dos versos acima que embarquei na insônia de ontem à noite. E eu, que tenho alguém, fiquei triste de uma tristeza muito antiga e profunda. De tão profunda tive certeza que a tristeza nem era minha. Peguei-a sem querer desses versos banais, quase bregas, mas de uma certeza tão fulminante que deixam a gente muito triste com quem não tem ninguém. Fui carregado pelo angustia, pela solidão e pela felicidade impossível. Envelheci muito, em horas.
Senti conforto nesse lugar. Senti menos cena em incorporar essa tristeza alheia do que na superficialidade de parecer preocupado com a terça-feira.
Senti conforto nesse lugar. Senti menos cena em incorporar essa tristeza alheia do que na superficialidade de parecer preocupado com a terça-feira.
3 comments:
Não ter ninguém é ruim. Mas é bem melhor do que ser tido por alguém.
É nisso que dá ficar ouvindo samba. É muita tristeza nesse Brasil! O samba é o blues brasileiro!
Ouça a voz que vem da Jamaica, da Argélia, do Quênia, da Nigéria, do Mali... é ali que está a verdade.
resposta cretina:
"eu procuro a mentira.." hehe
Perna, não tem jeito o samba entrou nas minhas veias e não quer sair mais enquanto não fecharem o boteco..
Esta profunda tristeza é milenar; é sentida por aqueles que sabem que nascemos e morremos sozinhos. O importante é ter bons amigos neste percurso entre o início e o fim e ser grato à vida!
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